Conter e não conter
O trabalho em questão propõe uma reflexão sobre a não discriminação contra as pessoas com deficiência, e, para tanto, valemos do ponto de partida de uma teoria matemática, a teoria dos conjuntos. Nessa toada indagamos a sociedade sobre o conter e não conter. O estar parte e o não estar parte da sociedade, a partir da lógica do capacitismo praticado por muitas pessoas.
O trabalho pretende suscitar o entendimento que todo e qualquer ser humano contém algum tipo de deficiência, todes detém: desde as mais visíveis, passando pelas físicas, intelectuais e mesmo a velhice, que é o "deficitar" das células do corpo pelo tempo e condições em que uma pessoa vive. Nesse sentido, ansiamos que o preconceito e discriminação (como qualquer outra) possa cessar a partir do entendimento da aproximação, do ser parte, uma vez que vemos em nós uma condição que nos aproxima, a tendência é que o preconceito se acabe.
Na imagem, as linhas da teoria estão esfumaçadas, dando essa ideia do tempo e transitoriedade, do não rígido, portanto: humano.
Cocriação: Dayse Hansa e Key Amorim
Técnica: Ilustração digital
Ano: 2021
Brasília - Distrito Federal - Brasil
Key Amorim Desenvolvo meu trabalho por meio do grafite, da arte pública e da ocupação urbana. Busco trazer para o dia a dia das pessoas, o contexto da minha vivência. O grafite entrou na minha vida quando eu fui diagnosticada com uma síndrome rara autoimune, que me causou perda dos movimentos - a Síndrome de Guillain-Barré (SGB). Foi quando a sociedade fechou as portas para mim, o grafite abriu. E é por isso que uso ele como ferramenta para alcançar as pessoas.
Dayse Hansa sou artista visual/plástica e poeta. Procuro investigar o mundo ao meu redor, mas meus traços representam o que eu sinto no peito e na cabeça e minha observação também crítica ao mundo. Mulher preta não retinta, produtora, artista visual e lésbica.